Ola blogueiros, hoje vamos falar, escrever sobre a Pachamama a Mãe Terra da cultura andina na America do Sul. Saiba mais lendo no nosso blog.
Sobre a Pachamama:
Pacha Mama ou Pachamama é a deusa adorada pelos povos indígenas dos Andes, Peru, Bolivia, etc… Ela também é conhecida como Mãe Terra. Na mitologia inca, Pachamama é uma deusa da fertilidade que preside o plantio e a colheita, personificando as montanhas e causando terremotos.
Ela também é uma divindade onipresente e independente com seu próprio poder criativo autossuficiente para sustentar a vida na Terra. Seus santuários são pedras sagradas ou troncos de árvores lendárias, e sua representação artística a mostra como uma mulher adulta carregando a colheita da batata e da folha de coca.
Os quatro princípios cosmológicos quechua: água, terra, sol e lua, afirmam que a Pachamama é sua origem. Os sacerdotes sacrificam chamas, Porquinho da Índia e elaboradas roupas queimadas em miniatura para ela. Após a conquista espanhola e a conversão ao catolicismo romano, a figura da Virgem Maria uniu-se à de Pachamama para muitos povos indígenas.
Como as culturas andinas formaram nações modernas, a Pachamama permaneceu benevolente, generosa e um nome local para a Mãe Natureza.
Pachamama é a mãe de Inti, o deus do Sol, e Mama Quilla, a deusa da Lua, também é dito que Pachamama é a esposa de Inti, tudo isso faz parte de mitologia andina e Incaica.
Etimologia
Pachamama é geralmente traduzida como Mãe Terra, mas uma tradução mais literal seria “Mundo Mãe” (em Aymara e Quechua). A deusa inca pode ser mencionada de muitas maneiras; a principal é Pachamama. Outros nomes são Mama Pacha, Pachamama e Mãe Terra. Pachamama difere de Pachamama porque “La” implica a conexão entrelaçada que a deusa tem com a natureza, enquanto Pachamama – sem “La” – se refere apenas à deusa.
Adoração à deusa Pachamama
O culto da Pachamama nos Andes é anterior aos Incas, sendo relegada a uma posição subordinada à Lua, a divina criadora de mulheres que governavam sobre todas as deusas. O culto de Pachamama geralmente tratava dos assuntos terrenos diários da comunidade local.
Da mesma forma, o mundo de Huarochirí e os grupos descritos nos documentos de idolatria enfatizaram principalmente as divindades da natureza e do lar e os fundadores sagrados de seus grupos ancestrais. Sugere-se que as expressões abstratas da divindade criativa inca Viracocha teriam importado pouco para as comunidades não incaicas muito distantes dos grandes rituais do calendário em Cusco.
A relação entre os Incas e os ídolos das províncias é mostrada no manuscrito de Huarochirí. A presença dos Incas na costa central contribuiu para a inclusão do sol nos mitos de Pachacámac.
Durante o período colonial, o culto das principais divindades incas não continuou preferindo as andinas às deidades meteorológicas e estabelecidas nas montanhas. O culto à Pachamama também continuou.
Por que a Pachamama é tão importante para os Incas?
É porque a Pachamama é quem dá proteção às culturas nos campos; a principal produção dos Incas. Sua veneração é tão grande que próximo de Cusco, na República do Peru, existe uma imponente infraestrutura inca chamada Moray, a principal função era realizar testes agrícolas em diferentes alturas, atualmente os ritos são realizados em homenagem à Pacha Mama invocando sua ajuda nas plantações.
Celebrações para a deusa Pachamama no Peru
Por ser a deusa da natureza, todo 1º de agosto sua veneração à Pachamama no Peru é realizada de uma maneira muito especial. Dependendo das regiões, por exemplo, no Peru, Bolívia e Argentina, os ritos podem apresentar algumas variações.
Tradicionalmente os Incas alimentam e bebem a mãe terra, este rito é realizado por um buraco no chão, uma vez que colocam sua oferenda e a cobrem, a comunidade começa a dançar ao seu redor, geralmente este rito é guiado pelos anciãos e desta forma agradecem à deusa Pacha Mama.
Pachamama Raymi no Peru
Pachamama Raymi no Peru, que significa em espanhol “Dia da Mãe Terra”, é celebrado toda primeira semana de agosto. O povo de Cusco presta homenagem à Mãe Terra em agradecimento pelas bênçãos dadas às suas plantações, que servem para sustentar suas famílias durante todo o ano.
A tradição de adorar a Pachamama no Peru remonta aos tempos pré-hispânicos. O povo Inca considerava-a a divindade protetora do Império Inca, dedicada a nutrir e preservar o bem-estar do homem. Esta celebração é um ato de reciprocidade e louvor à natureza, conforme as culturas andinas, para continuar mantendo alianças com o homem.
Os Incas tinham muito respeito pelos Apus (montanhas) e Pachamama (Deusa da fertilidade), bem como pelo Deus Sol (Inti), sendo suas principais divindades. Por isso, realizaram cerimônias de adoração à Mãe Terra como agradecimento pelas colheitas.
A data central é 1º de agosto, dia em que os camponeses não trabalham com a terra para deixá-la descansar, iniciando o ritual de pagamento. Consiste no fornecimento de alimentos trabalhados e produzidos pela Pachamama, também folha de coca, sementes de huairuro, chicha de jora e outras bebidas. As provisões devem ser cozidas, como sinal de respeito pela terra, então ela é cavada e todos os suprimentos são colocados no buraco como se estivessem alimentando a Mãe Terra.
Atualmente, os colonos realizam este ritual ancestral com um sacerdote andino conhecido como “Pako”, ele está encarregado de realizar o “haywasqa” (pagamento à terra) em um manto multicolorido. A cosmovisão andina acredita que neste momento Pachamama está com fome e sede, a principal razão para esta celebração, considerando a terra como uma fonte de vida para os habitantes.
Neste festival, também são praticadas touradas e exposições têxteis para que turistas nacionais e internacionais possam desfrutar e aprender mais sobre a cultura inca. Além disso, para continuar com a veneração, o povo canta à terra em agradecimento e depois os dançarinos dançam a música típica do povo Cusco.
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